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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Alunos agressivos precisam de afeto e limites

 
 Ao conversar com a criança de pré-escola e mostrar a ela comportamentos positivos, você contribui para resolver problemas de agressividade. Mas é importante envolver os pais nesse processo
Em meio a brincadeiras e risos na hora do recreio, você escuta o choro de um aluno. Ele acaba de ser agredido por um colega. A cena é comum - e até normal - em turmas com crianças de até 6 anos. Mas, quando uma delas machuca os outros com freqüência e reage violentamente às dificuldades, é sinal de que a agressividade ultrapassou os limites.
Até os 3 anos de idade, dar tapas, empurrar o amigo ou qualquer outro tipo de contato físico pode significar desejo de aproximação e não necessariamente vontade de incomodar. Entre 4 e 6 anos, os pequenos já sabem comunicar situações que não lhes são agradáveis. "Nessa idade, a criança é capaz de brincar 'com' e não apenas 'ao lado de' amigos. Ela começa a perceber as regras de convivência", afirma a psicóloga Maria Betânia Norgren, professora de arteterapia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Esses estágios de desenvolvimento não acontecem exatamente ao mesmo tempo: alguns podem apresentar por um período maior comportamentos mais ou menos avançados em relação à idade. Nem todas as crianças se adaptam facilmente a essas mudanças emocionais, o que pode também ser uma causa das reações hostis.

Entre as causas estão a falta de cuidado e a violência

"A agressividade exagerada geralmente é sintoma de problemas mais graves", alerta Ivânia Pimentel, terapeuta e supervisora da Associação Criança Brasil, que atende 600 jovens em São Paulo. Entre os fatores desencadeadores de procedimentos agressivos estão: temperamento difícil e impulsivo; falta de carinho; violência física ou emocional; ausência de limites ou tolerância excessiva dos pais; excesso de energia mal canalizada; necessidade de experimentar limites até reconhecer os próprios controles; não tolerar frustrações; e deficiências físicas ou mentais ainda não descobertas.
A criança com comportamento agressivo pode estar passando por situações especiais sem o devido apoio, como separação dos pais, nascimento de um irmão ou morte de alguém querido. Para Ana Coelho Vieira Selva, professora do Departamento de Psicologia e Orientação Educacional da Universidade Federal de Pernambuco, "é fundamental que o aluno não seja estigmatizado nem acusado por atos agressivos".

Você pode dar exemplos de atitudes equilibradas

Pais e familiares são os principais exemplos de conduta para os pequenos, mas você também tem papel importante na formação emocional deles. Se o professor grita e resolve os conflitos em classe de maneira agressiva, o aluno pode reproduzir essas atitudes. "Uma das funções da escola é civilizar o indivíduo, não sendo condescendente com a agressividade exagerada", analisa Rinaldo Voltolini, professor de Filosofia da Educação da Universidade de São Paulo.
Uma atitude positiva é se aproximar do estudante. Dessa forma, ele vai se sentir à vontade para expressar seus sentimentos e pode até tentar explicar seus gestos impetuosos. Ofereça chances de a criança se retratar e crie situações de estímulo: substitua o "Isso não se faz!" por "Você é um garoto legal. Não vai mais querer bater no amigo". Converse com o aluno no pátio ou no parquinho. Salas fechadas, como a temida diretoria, podem causar constrangimento.
Há algumas práticas que você pode adotar para reduzir o comportamento agressivo (veja quadro abaixo). Atividades que apresentem modelos de comportamento bem-aceitos também funcionam. Monte, por exemplo, um teatrinho de bonecos e represente conflitos comuns entre as crianças, intercalando situações em que as agressões trouxeram conseqüências desagradáveis com as que foram resolvidas com cooperação, amizade e diálogo.

Conversa com os pais é delicada, mas essencial

A comunicação entre a família e a escola é imprescindível. Não desista se as primeiras reuniões com os pais forem difíceis. "Normalmente eles acham que a professora 'marca' o filho. Alguns acabam aceitando; outros, porém, chegam a tirar a criança da escola", alerta Salvane Andrade Silva, diretora do Espaço Criança Centro de Educação Infantil, no Distrito Federal.
Se os pais não colaboram, há no mínimo três possibilidades: faltam parâmetros de comparação, por terem somente um filho; a agressividade é normal em casa; ou existe problemas na relação familiar e os pais sentem vergonha de assumi-los. No Instituto Madre Mazzarello, em São Paulo, um aluno de 4 anos batia nos colegas. Quando a mãe foi chamada, ela chegou a dizer que a professora é que não tinha jeito com ele. "Sete meses e muita conversa depois, a mãe revelou que o marido a agredia fisicamente. "Indicamos um psicólogo e com o tratamento a criança se acalmou", conta a orientadora educacional Ana Paula Cussiano.
Uma boa maneira de começar a conversa com os pais é ressaltar as qualidades do aluno - se iniciar falando dos defeitos e do comportamento, eles podem achar que você não gosta dele e não vão querer escutá-lo. Explique que a criança necessita de ajuda e exponha tudo o que a escola já fez para tentar resolver o problema. Indique psicólogos de confiança ou sugira alternativas gratuitas em faculdades ou postos de saúde de sua região.

3 comentários:

  1. Na escola de minha filha mais nova que esta na 6° existem muitos alunos com esta caracteristicas,a escola por sua vez comenta que não consegue agir,porem ao observar a sala por um determinado periodo,percebi que os professores na maioria,não davam a menor importancia para estes alunos e apenas passavam o conteudo da aula na lousa prejudicando os demais.Acho que na verdade todas as escolas deveriam sugerir cursos de aperfeiçoamento para estes profissionais e adotar uma pisicologa na grade curricular do local,mas que esta fique realmente na unidade de ensino diariamente e não apenas faça visitas periodocas.Muitos pais que trabalham o dia todo ,não tem tempo de procurar estes profissionais para obter ajuda.
    Bjs

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  2. Não temos que olhar o aluno,apenas como um objeto de ensinamento,temos que olharmos como seres unicos,e percebermos quando estes pedem por ajuda,não verbalmente,mas por ações.
    BJS

    ADRIANA SOUZA RA 1011992

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  3. essa é uma questão delicada e comum em nosso cotidiano, precisamos estar bem preparados e atentos,
    postado por viviane

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